« Elle était là, immobile sur son lit, la petite phrase bien connue, trop connue: je t'aime. Trois mots maigres et pâles, si pâles. Les sept lettres ressortaient à peine sur la blancheur des draps. Il me sembla qu'elle nous souriait, la petite phrase. Il me sembla qu'elle nous parlait: - Je suis un peu fatiguée. Il paraît que j'ai trop travaillé. Il faut que je me repose. [...] »
Ler é sempre muito bom, sobretudo quando associamos essa atividade ao aprendizado de uma língua estrangeira. Descobrimos novas expressões, novas palavras, melhoramos nossa capacidade de escrever e argumentar na língua estrangeira. Confesso que não tenho lido muito ultimamente, as obrigações do dia a dia não me permitem me dedicar a esse prazer, como gostaria... Mas nas viagens diárias de ônibus, sempre aproveito para ler algo, pouco tempo, na verdade, mas é que o tenho! Falando nisso, semana passada uma ex aluna veio me pedir sugestões de livros em francês que ela poderia ler e que a ajudassem a melhorar sua habilidade oral e escrita nessa língua, eu lhe respondi que o tipo de livro não tem necessariamente muito importância nesse processo, já que leitura é sempre leitura, é claro que se você ler algo de que gosta, que tem a ver com a sua formação ou o estilo de livro que curte, é muito melhor. Como eu sabia que ela era professora de português, lhe sugeri um livro que comprei em 2008, na frança, e que foi discutido em um atelier de língua francesa que fiz por lá. Trata-se da obra "La Grammaire est une chanson douce", de Erik Orsenna, reproduzi um parágrafo acima. Foi um dos livros em francês mais gostosos que já li. Uma história que tem tudo a ver com a profissão de professor de língua, e também com todos os amantes de gramática, que não possui nada de monstruosa, como já afirma o título dessa obra.
Abaixo, um pequeno resumo da história:
Jeanne, 10 anos, viaja muito com seu irmão mais velho Thomas,
14. Seus pais, divorciados, vivem cada um em lados diferentes do Atlântico. No
dia em que decidem ir para a América eles são surpreendidos por uma tempestade e o navio
naufraga. Únicos sobreviventes, Jeanne e Thomas milagrosamente alcançam uma
ilha desconhecida. É quando eles percebem que ficaram mudos, privados de
palavras: não podem mais falar! Recebidos pelo Sr. Henry, um músico e poeta
encantador, eles vão descobrir uma terra mágica, onde as palavras são seres
vivos, têm sua própria cidade, suas casas, sua prefeitura e seu ... hospital!
Uma caminhada que Jeanne nos convida a fazer com ela.
Se você gostou da história, não deixe de visitar o site do autor: http://www.erik-orsenna.com/grammaire_bienvenue.php
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